Arranjo cuidado de alguns termos transmontanos sem pronúncia, outros transpirados da Caotinha, outros ainda desenhados segundo costumes linguísticos duma região remota, alpina. Todos pretendem evocar doutrinas comunistas que nunca foram escritas, nem a sul, nem a leste; proclamar uma cidadania que nunca existirá para além da Landsgemeinde em vias de extinção, apesar do aumento da utilização inútil da mão no ar (polegar no face). Itálicos no português do Brasil, outro português com erros que, pela unica qualidade que possui – a sonoridade – merecia que lhe chamassem brasileiro. Chinezices e zês bicudos em vez de esses, esses mais suaves. Acentos, desnecessários para alguns, e consoantes mudas que não existiram nem mesmo antes do acordo. Parêntesis como forma não recomendável porque alatinada, pondo en evidência o que não devia ter sido ortografado. Três sentidos na mesma linha; pontos sem parágrafos. Enfim, inteligência sem ponctuação em sentimentos sem interlinhas; querer sem crer, gozando de toda a satisfação do acreditar; vontade impotente sempre inscrita, mas com letras pequenas, em baixo de cada página, à esquerda ou à direita, consoante par, ou não.
Assinatura eléctrónica, falta de rede.